Estudos

A palavra Shavuot significa "semanas": assinala a compleição das sete semanas entre Pêssach e Shavuot (o período do ômer), durante o qual o povo judeu preparou-se para a Outorga da Torá. Durante este tempo, purificou-se das cicatrizes da escravidão e tornou-se uma nação sagrada, pronta a entrar em uma aliança eterna com D'us, com a Outorga da Torá.

 

Shavuot é o segundo dos três maiores Dias Festivos (Pêssach é o primeiro e Sucot o terceiro), e vem exatamente cinqüenta dias após Pêssach. A Torá foi outorgada por D'us ao povo judeu no Monte Sinai há mais de três mil e trezentos anos. Todos os anos, neste dia, renovamos nossa aceitação do presente de D'us.

A palavra Shavuot significa "semanas": assinala a compleição das sete semanas entre Pêssach e Shavuot (o período do ômer), durante o qual o povo judeu preparou-se para a Outorga da Torá. Durante este tempo, purificou-se das cicatrizes da escravidão e tornou-se uma nação sagrada, pronta a entrar em uma aliança eterna com D'us, com a Outorga da Torá.

Shavuot também significa "juramentos". Com a Outorga da Torá, o povo judeu e D'us trocaram juramentos, formando um pacto duradouro de não abandonar um ao outro.

A História de Shavuot


Preparativos

A primeiro de Sivan, o primeiro dia do terceiro mês após o Êxodus do Egito, os Filhos de Israel chegaram ao Deserto do Sinai e acamparam perto da montanha.
Durante as poucas semanas de viagem no deserto sob a proteção Divina, com milagres diários, tais como o maná e a codorna, o miraculoso adoçamento da água, a derrota de Amalec e a travessia do Mar Vermelho, o povo judeu havia se tornado mais e mais consciente de D'us.

A fé tornava-se mais intensa a cada dia, até que atingiram um padrão de santidade, solidariedade e unidade, jamais conseguido antes ou depois por qualquer outra nação.

Moshê ascendeu ao Monte Sinai, e D'us disse-lhe as seguintes palavras: "Assim dirás à casa de Yaacov, e dirás aos Filhos de Israel: 'Vocês viram aquilo que fiz aos egípcios, e como Eu os trouxe nas asas da águia, e os trouxe até a Mim. Agora, portanto, se ouvirem de fato Minha voz, e se mantiverem Minha aliança, então serão Meu tesouro dentre todos os povos; pois toda a terra é Minha; e serão para Mim um reino de sacerdotes, e uma nação sagrada.'"

Moshê voltou do Sinai e chamou os anciãos do povo e transmitiu-lhes todas estas palavras de D'us. Unanimemente, com uma voz e uma só mente, o povo respondeu: "Naasê Venishmá" - "Tudo que D'us falou, assim o faremos."

Dessa forma, aceitaram totalmente a Torá, com todos seus preceitos, sem ao menos pedir uma enumeração detalhada das obrigações e deveres que nela estavam envolvidos.

Quando Israel havia se prontificado a receber a Torá, D'us falou novamente a Moshê: "Vá até o povo, e santifique-os hoje e amanhã, e deixe que lavem suas vestes, e estejam prontos no terceiro dia: pois no terceiro dia o Senhor virá à vista de todo o povo no Monte Sinai. Estabeleça limites para o povo, dizendo: Prestem atenção; não subam ao Monte, ou toquem sua borda, pois aquele que o fizer morrerá."

A Revelação no Sinai

A alvorada do terceiro dia trouxe trovões e relâmpagos que encheram o ar. Pesadas nuvens pairavam sobre a montanha, e os sons crescentes e constantes do shofar fizeram o povo estremecer com temor. Moshê levou os Filhos de Israel para fora do acampamento e colocou-os ao pé do Monte Sinai, que estava todo coberto por fumaça e trepidações, pois D'us tinha descido sobre ele, em fogo.

O toque do shofar intensificou-se, mas de repente todos os sons cessaram, e seguiu-se um silêncio absoluto; então D'us proclamou os Dez Mandamentos desta forma:

  1. "Eu sou o Senhor teu D'us, que te tirei da terra do Egito, da casa dos escravos.
  2. "Não terás outros deuses diante de Mim. Não farás para ti imagem de escultura, figura alguma do que há em cima, nos céus, e abaixo na terra, ou nas águas, abaixo da terra. Não te prostrarás diante deles, nem os servirá, pois sou o Eterno, teu D'us, D'us zeloso, que visita a iniqüidade dos pais aos filhos sobre terceiras e quartas gerações aos que me aborrecem; e mostrarei misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam Meus mandamentos.
  3. "Não jurarás em nome do Eterno, teu D'us, em vão; porque não livrará o Eterno ao que jurar Seu nome em vão.
  4. "Lembra-te do dia de Shabat para santificá-lo. Seis dias trabalharás, e farás toda tua obra. E o sétimo é o Shabat do Eterno, teu D'us, e não farás nenhuma obra, tu, teu filho, tua filha, teu servo, tua serva, teu animal, e teu peregrino que estiver em tuas cidades; pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar, e tudo o que há neles, e repousou no sétimo dia; portanto, abençoou o Eterno o dia de Shabat e o santificou.
  5. "Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem teus dias sobre a terra que o Eterno, teu D'us, te dá.
  6. "Não matarás.
  7. "Não cometerás adultério.
  8. "Não furtarás.
  9. "Não levantarás falso testemunho contra teu próximo.
  10. "Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, e seu servo, ou sua serva, e seu boi, e seu asno, e tudo que seja de teu próximo.

Moshê Recebe a Torá

Todo o povo ouviu as palavras de D'us, e ficaram assustados.

Imploraram a Moshê para ser o intermediário entre D'us e eles, pois se o próprio D'us continuasse a dar-lhes toda a Torá, certamente morreriam. Moshê disse-lhes para não terem medo, pois D'us revelara-Se a eles para que O temessem e não pecassem.

Então D'us pediu a Moshê para subir a montanha; pois apenas ele era capaz de ficar na presença de D'us. Lá Moshê receberia as duas tábuas contendo os Dez Mandamentos e a Torá completa, para ensiná-los aos Filhos de Israel.

Moshê subiu a montanha e lá permaneceu por quarenta dias e quarenta noites, sem comer ou dormir, pois havia se tornado semelhante a um anjo. Durante este tempo, D'us revelou a Moshê toda a Torá, com todas suas leis e suas interpretações.

Finalmente, D'us deu a Moshê as duas Tábuas do Testemunho, feitas de pedra, contendo os Dez Mandamentos, escritos pelo próprio D'us.

O Monte Sinai.

Estamos agora no Deserto do Sinai na península do mesmo nome, contemplando com reverência o sagrado Monte Sinai.

Este é o local onde há 3.300 anos um povo libertado, recém-saído da escravidão, ficou de pé para ouvir a voz de D’us proclamando os Dez Mandamentos e outorgando a Israel a Sagrada Torá. É uma montanha estéril e rochosa, como se o solo fosse tão sagrado que nada pudesse se ocultar ou crescer ali. No topo da montanha vemos dois picos, um deles um pouco mais alto que o outro. O mais alto, de frente para o leste, é conhecido como Monte Sinai. O outro, virado para oeste, é o Monte Horeb.

Uma pequena fonte jorra do Sinai, e logo abaixo do cume há uma caverna. Segundo uma lenda árabe foi nessa caverna, mencionada na Torá como "Paredão da Rocha", que Moshê se abrigou quando contemplou a Glória de D’us. No Monte Horeb há também uma caverna pequena e estreita, sobre a qual se afirma ser aquela onde o Profeta Eliyáhu se escondeu quando a impiedosa Rainha Jezebel perseguiu os Profetas de D’us. Foi ali que Eliyáhu passou a noite e D’us apareceu para ele "não no vento, não num terremoto, não num fogo, mas numa pequena voz". Diz-se que o nome "Sinai" é derivado da palavras hebraica S’neh – "moita espinhosa", que cresce em abundância naquele deserto. Foi de uma humilde "sarça ardente" que D’us primeiro Se dirigiu a Moshê, ensinando assim que D’us está entre os de espírito humilde. Ba Torá, a montanha é mencionada por vários nomes aditionais, como "Har Elokim" (Montanha de D’us), "Tzin", "Kadesh". Mencionaremos apenas que nossos Sábios conectam a palavra "Sinai" com a palavra "Sineah" (ódio), porque como Israel foi escolhido para receber a Torá e ser "um reino de sacerdotes e uma nação sagrada", nosso povo tornou-se objeto de ódio por parte do mundo, um ódio que somente desaparecerá quando o mundo inteiro entender a verdade da Torá e aceitar seu espírito.

Nossos Sábios falam muito bem do Monte Sinai. Dizem que o mundo existe somente pelos méritos do Monte Sinai e do Monte Moriá, sobre o qual ocorreu a Akedá (sacrifício de Yitschac), e mais tarde o Beit Hamicdash foi construído. Com essas palavras nossos Sábios indicaram que a existência do mundo depende da observância da Torá (recebida no Sinai), baseada no espírito de auto-sacrifício (como foi mostrado no Moriá).

Por que esta montanha despretensiosa foi escolhida para o acontecimento mais notável na história da humanidade – a Outorga da Torá?

Nossos Sábios oferecem diversas explicações. Dizem que todas as outras montanhas mais altas e mais belas, como Carmel e Tabor, foram em alguma ocasião usadas para idolatria. Somente o Monte Sinai não tinha sido profanado e portanto estava apto a servir para esta função sagrada.

Outra explicação interessante é que todas as outras montanhas estavam "orgulhosas" de sua altura, exigindo o direito de serem escolhidas para este grandioso evento, e exatamente por este motivo D’us preferiu o humilde e modesto Sinai. Aqui, mais uma vez, encontramos uma lição, de que a humildade de espírito é o primeiro requisito para a posse da Torá.

Nossos Sábios dizem que a famosa escada com a qual Yaacov sonhou quando fugiu de Essav, e estava colocada sobre a terra com seu topo atingindo o céu, estava suspensa sobre o Monte Sinai. Eles encontraram uma pista sobre isso, pois o equivalente numérico da palavra hebraica "Sullam" é o mesmo da palavra "Sinai" – 130.

A palavra "Sinai" tem sido usada no Talmud como um título de grande erudição.

Damos uma olhada final ao Monte Sinai e nos lembramos das palavras de nossos Sábios. Quando nosso Redentor chegar, o Monte Sinai, juntamente com o Monte Carmel e o Tabor, unirão suas vozes em louvor a D’us.

Efeitos Especiais

 

"Não matarás. Não roubarás. Não cobiçarás a mulher do próximo. Não trabalharás no Shabat. Não comerás porco. Não atrelarás teu boi quando debulhar…"

Por que há tantas negativas num corpo da lei que descreve-se como "Seus caminhos são caminhos de prazer e todas suas trilhas são paz"? Atinge-se realmente alguma coisa com todas estas negativas?

"E todo o povo viu os sons e as chamas e a montanha fumegando; a nação viu e estremeceu, e ficou distante." (Shemot 20:15).

"Rabi Ishmael disse: Eles viram o que é visto e escutaram o que é escutado. Rabi Akiva diz: "Eles viram o que é escutado e escutaram o que é visto." (Midrash Mechilta em versos).

Há trinta e três séculos, toda a nação judaica – aproximadamente três milhões de homens, mulheres e crianças – e as almas de todos os judeus ainda por nascer, testemunharam a revelação de D’us no Monte Sinai. Dois dos presentes, os sábios talmúdicos Rabi Akiva e Rabi Ishmael (os quais viveram suas vidas físicas no segundo século EC) ofereceram uma narrativa de certa forma diferente daquela experiência.

Uma diferença entre eles diz respeito ao modo pelo qual a revelação no Sinai foi percebida pelos nossos sentidos. Após recontar os Dez Mandamentos, a Torá relata: "E todo o povo viu os sons e as chamas e a montanha fumegando; a nação viu e estremeceu, e ficou distante."
Qual o significado de "eles viram os sons"?

Segundo Rabi Akiva, a maneira pela qual percebemos as visões e sons do Sinai foi radicalmente diferente do modo pelo qual tais estímulos são geralmente assimilados. Nossos sentidos da visão e audição trocaram seu papel – "vimos o que normalmente é ouvido, e ouvimos o que é normalmente visto."

Não foi assim, diz Rabi Ishmael. No Sinai, vivenciamos a mais grandiosa revelação Divina de todos os tempos, da mesma maneira pela qual um homem comum se relaciona com a realidade: "vimos o que é visto e ouvimos o que é ouvido." A palavra "vimos" no versículo refere-se às "chamas" e à "montanha fumegante", mencionadas mais tarde na sentença.

A respeito da descrição de Rabi Akiva de uma extraordinária transmutação de nossos sentidos, podemos apenas dizer: Espantoso, mas por que? Sabemos que, via de regra, o Criador é pouco inclinado a modificar a ordem natural das coisas: milagres são raros, e acontecem apenas para atingir um fim específico. Como Rabi Akiva explicaria o objetivo de um fato tão perturbador da natureza? De acordo com o ponto de vista de Rabi Ishmael, isso levanta a questão sobre o que este versículo está nos dizendo em primeiro lugar. A Torá já descreveu o trovão, o troar do shofar, o raio, o fogo e a fumaça que acompanharam a descida de D’us sobre o Sinai. É necessário dizer que o povo de Israel viu estes sinais e ouviu estes sons?

Duas Diferenças

Como meios de percepção, visão e audição diferem de duas maneiras significativas. Visão é uma experiência extremamente "física"; vemos o próprio objeto – sua massa, seus atributos, o simples fato de sua existência. Audição, por outro lado, registra estímulos de natureza mais "metafísica." Vemos uma parede, mas escutamos música, inflexões emocionais, idéias. Isto é ainda mais verdadeiro no que concerne ao outro significado de "ouvir", que é "compreender" (em hebraico, a palavra "shemi’á" significa tanto "audição" como "compreensão"). Escutamos e compreendemos coisas que são etéreas demais para serem capturadas pelos nossos olhos físicos.

Uma outra diferença é a maneira pela qual a visão e a audição nos afetam, até onde vai o efeito que têm sobre nossa mente e coração. A visão é a faculdade que mais nos convence: desde que tenhamos visto algo "com nossos próprios olhos," é praticamente impossível que outras evidências sensoriais ou mesmo provas racionais refutem o que sabemos agora. Por outro lado, audição e compreensão imprimem com muito menor clareza a informação que transmitem. Elas nos convencerão de certas verdades, mas de forma alguma tão inequivocamente como nossos olhos. Aquilo que ouvimos e entendemos são fatos que nos foram "provados"; aquilo que vemos é a realidade.

Esta diferença está refletida também na lei da Torá. O Talmud ordena que um juiz que tenha testemunhado um crime não pode sentar-se ao julgamento deste crime. O Talmud explica: "Como o juiz viu o acusado cometendo o crime, está incapacitado de vê-lo à luz do direito." Pois um juiz deve considerar mais do que apenas se o acusado fez ou não fez – deve também examinar pontos como intenção e culpabilidade. Quando ele meramente extrai das testemunhas que o réu cometeu um ato criminoso – mesmo se estiver convencido de que elas estão dizendo a verdade – ainda pode manter a distância apropriada para considerar objetivamente os outros fatores que podem absolver o acusado da culpa. Mas quando ele mesmo viu o que aconteceu, o fato da ação criminosa do réu é não apenas conhecido mas também real para o juiz, tornando extremamente difícil para ele superar esta realidade inequívoca com considerações lógicas.

Estas duas diferenças entre visão e audição estão conectadas. Somos seres físicos habitando uma realidade física. O físico é real para nós, ao passo que o conceitual e o metafísico são estranhos e insubstanciais. Desta maneira a visão, que percebe objetos físicos, é definida e absoluta, ao passo que os intangíveis percebidos via ouvido e mente são, na maioria, "fatos provados", sempre sujeitos a reavaliação e reconsideração.

Dado ou Provado

Conta-se a história do místico que disse ao filósofo: "Sabe a diferença entre você e eu? Você está sempre pensando em D’us, enquanto estou sempre pensando sobre mim mesmo."

O filósofo ficou muito satisfeito com o cumprimento. Mas certo dia teve um lampejo do verdadeiro significado das palavras do sábio. O filósofo está convencido de que ele, o pensador, existe, e não se detém para pensar nisso. Portanto, pondera sobre a existência de D’us: D’us existe? O que é D’us? Como Sua existência nos afeta?

Para o místico, entretanto, D’us é a própria essência da realidade. Mas onde isso nos leva? Que possível legitimidade pode nossa finita e transitória existência ter, dentro da transcendente e penetrante realidade de D’us? A verdade Divina é dada, o místico pondera sua própria realidade subjetiva. Eu existo? Que significado há, se há algum, em minha existência? Por que eu existo?

Isto é o que Rabi Akiva quer dizer quando fala que no Sinai nós "vimos o que é ouvido, e escutamos o que é visto." Normalmente, é nossa existência física que é "vista" e real para nós. É claro que entendemos que tudo isso tem um Criador e um propósito. Há provas disso na majestade e complexidade do Universo; cada pulsar de vida o proclama e cada palpitar da consciência da alma do homem. Mas esta realidade mais elevada é meramente "ouvida" em nosso mundo – deduzida, sentida, mesmo vivenciada – mas jamais percebida com a realidade inequívoca da visão. Para nós, realidade é o físico; tudo o mais é meramente um conceito.

Mas não no Sinai. No Sinai nossos olhos estavam abertos: "vimos o D’us de Israel." Enxergamos o que é ouvido, o que é normalmente abstrato e "espiritual." E ouvimos o que é visto: nosso mundo formidável, tão real e tangível, subitamente tornou-se um eco distante, um conceito. Se a essência da existência é a infinita e onipresente verdade divina, o que é o nosso mundo? Apenas uma ilusão? Mas não, deve haver um mundo – caso contrário, qual o significado da criação? Da Torá e seus mandamentos? Tudo isso nos diz que nosso mundo existe – prova-nos que o mundo existe.

Caindo na Realidade

Rabi Ishmael discorda. Para ele, a revelação no Sinai não veio para virar nossa realidade ao avesso. A função da Torá não é esmagar e negar nosso mundo, mas tornar possível para nós entendê-lo, em seus próprios termos, e desvelar seu potencial de refletir a bondade e a perfeição de seu Criador.

Isto, afirma Rabi Ishmael, é um milagre ainda mais grandioso que, para a realidade material, evaporar o momento em que D’us apresenta a Si mesmo. Esta seria a coisa mais natural e óbvia a acontecer. Mas no Sinai, conquistamos uma façanha ainda maior: caímos na realidade.
Confrontados com a própria essência de D’us. Insistimos em aplicar a revelação à nossa realidade. Nós vimos e ouvimos a Divindade, mas em nossos termos, vendo o que é visto e escutando o que é ouvido. O físico continuou real e o espiritual continuou abstrato, e ambos foram permeados com a visão de sua essência divina e propósito.

Nossa Resposta

Um segunda diferença entre as reminiscências de Rabi Akiva e Rabi Ishmael sobre a revelação no Sinai diz respeito à nossa resposta à proclamação de D’us dos Dez Mandamentos. A Torá relata que "D’us falou todas estas palavras para dizer: ‘Eu sou o Senhor teu D’us… não terás outros deuses antes de Mim…’" O Midrash fica perplexo pela Torá ter usado a palavra leimor, "dizer". O que significa que "D’us falou todas estas palavras, para dizer"? Ao longo da Torá, dúzias de leis são precedidas pelas palavras: "E D’us falou a Moshê para dizer…", mas nestes exemplos Moshê está sendo instruído a transmitir aquelas diretivas Divinas ao povo judeu. Obviamente, leimor não pode ser interpretado assim em nosso caso, como todos os judeus tendo estado presentes no Sinai. O Midrash explica: "dizer" significa que o povo judeu respondeu a cada um dos Mandamentos, afirmando seu comprometimento com a sua observância.

O que disseram eles? Segundo Rabi Akiva, "Eles disseram ‘Sim’ a cada um dos mandamentos positivos e ‘Sim’ (i.e., obedeceremos) às proibições." Rabi Ishmael discorda: "Eles disseram ‘Sim’ aos mandamentos positivod e ‘Não’ (i.e., ‘Não obedeceremos’) às proibições.

Mas qual a relevância desta discórdia? Em ambos os casos, nossa resposta foi declarar nossa prontidão para apoiar tanto os mandamentos positivos como os negativos. Que diferença faz se dissemos a palavra ‘Sim’ ou a palavra ‘Não’, se o significado das duas respostas é o mesmo?

O Não Positivo

Há duas maneiras de referir-se aos mandamentos Divinos na Torá. Uma abordagem é vê-los através das lentes da experiência humana: exaltar a sabedoria adquirida com o estudo de Torá, a elevação espiritual que se atinge pela prece, a tranqüilidade experimentada no Shabat, o potencial educacional de um sêder de Pêssach, o valor social da caridade. Pelo lado "negativo", pode-se apreciar a importância da mitsvá que proíbe o roubo, a maledicência, a promiscuidade, a comida prejudicial ao corpo e à mente, e assim por diante. De fato, nossos sábios disseram que "As mitsvot foram dadas para o refinamento da humanidade."

Porém, isso é realmente relevante? Afinal, são mandamentos de D’us. Que maiores conquistas pode haver que as de cumprir Sua vontade? Vistas desta perspectiva, todas as mitsvot são iguais, pois tudo o mais empalidece até a insignificância perante fato tão monumental. Nas palavras de Rabi Schneur Zalman de Liadi, "Tivéssemos nós sido ordenados a cortar lenha, esta seria não menos mitsvá que o mais esclarecedor, completo e refinador de caráter dos mandamentos de D’us."

Esta é a razão de Rabi Akiva sustentar que respondemos "Sim" aos mandamentos positivos e "Sim" às proibições. No Sinai, Rabi Akiva está dizendo, não havia tal coisa de mitsvá "negativa."
De fato, aquele que enxerga a mitsvá em termos de seus efeitos benéficos sobre o homem e a sociedade, distinguirá entre os mandamentos positivos e as proibições. Doar um milhão de reais para caridade é fazer algo. Mas o que se ganha deixando de comer alimentos não-casher? Comer aquele cheeseburger seria prejudicial à nossa saúde espiritual; mas não comê-lo é fazer – nada. Mas no Sinai, disse Rabi Akiva, estávamos além disso. Vimos o que é ouvido e ouvimos o que é visto. O mundo material, com seus "assuntos," obsessões e pretensões de significância, nada era além de uma fantasia da imaginação. A realidade era D’us. Visto deste ponto tão vantajoso, quem pensaria que D’us expressou vontade em termos de utilidade moral e social?

Para aquele que está no Sinai, disse Rabi Akiva, a definição de mitsvá é uma oportunidade para cumprir a vontade de D’us. Tudo o mais é secundário, apenas significando "audível". Quando você doa um milhão para caridade, está fazendo algo: está cumprindo a vontade de D’us. Quando se abstém de comer um alimento proibido, está fazendo algo: está cumprindo a vontade de D’us.
Cada mitsvá é um ato positivo, o mesmo ato positivo, o ato positivo supremo – a implementação de um desejo divino. Cada mitsvá traz à tona a mesma resposta positiva: "Sim, obedeceremos."
Rabi Ishmael discorda. Reunidos no Sinai, obviamente sabíamos que o significado definitivo da mitsvá é que ela representa a vontade Divina. Mas a conhecemos como uma verdade sublime, como um conceito que é "ouvido" e entendido, mas permanece além de nosso entendimento tangível. Nossa realidade era a existência física, e o ponto de revelação no Sinai não foi para transformar nossa perspectiva, mas para aperfeiçoar aquela que tínhamos. O que foi real para nós – o que ‘vimos" – foi a maneira pela qual as mitsvot santificam nossa vida diária e criam um mundo que está em paz consigo mesmo e com o seu Criador.

Por isso, há diferenças entre as mitsvot – entre "faça" e "não faça", como convém num mundo polarizado pelo bem e o mal. Há mitsvot com as quais desenvolvemos o positivo em nosso mundo, a aquelas que nos guiam na rejeição do negativo; dissipam a escuridão.

No Sinai, diz Rabi Ishmael, ouvimos o que é ouvido e vimos o que é visto. Na verdade, entendemos que a essência de uma mitsvá vai além de tudo que nosso ser finito e físico possa perceber. Mas nossa primeira e eterna resposta registrada em nossa história aos mandamentos de D’us foi adotá-los como o alicerce de nossas vidas – e é isto que nos leva a comemorar a Festa de Shavuot todos os anos e a Torá como nosso legado em todos os dias de nossa existência.

 

 

Shalom amigos e sejam bem vindos a mais um breve estudo, neste post vamos falar sobre um assunto que com certeza vai ser bastante útil para todos aqueles que acreditam que o messias de Israel se chama Yeshua.

Muitas pessoas por falta de conhecimento do idioma Hebraico e por falta de bom senso acabam inventando muitas historias para difamar este nome.
Alguns dizem que este nome foi uma invenção que aconteceu no período apos o exilio babilônico, mas oque muitas não sabem é que este nome faz parte do hebraico muito antes disso, fazendo parte da gramatica hebraica para escrever palavras como salvação.

No post de Hj vou colocar alguns versículos que temos com a palavra Salvação em Hebraico Yeshuáh ישועה e vc vai perceber que o nome do messias estava contido dentro das escrituras muito antes da vinda dele e fazia parte do dia a dia daquele povo.
O nome do Messias se escreve exatamente assim Yud shim vav ayn ישוע  Yeshúa e possui a diferença mínima da palavra salvação.

Como o assunto fica bastante longo e esta palavra possui muitas derivações em hebraico, este assunto será abordado não apenas neste post, mas em vários outros.

Eu espero que estes posts possam ajudar vc a enxergar como Deus é maravilhoso.
Um grande abraço a todos e bons estudos.

Salvação = ישועה = Yeshuáh

A salvação = הישועה = Hayeshuáh

Salmos 119:155
A salvação está longe dos ímpios, pois não buscam os teus estatutos.

רחוק מרשעים ישועה    כי חקיך לא דרשו

rahhok mershaim yeshuah ki-hhukekha lo darashu

Isaías 26:1
Naquele dia se entoará este cântico na terra de Judá: Temos uma cidade forte, a que Deus pôs a salvação por muros e antemuros.

א ביום ההוא יושר השיר הזה בארץ יהודה עיר עז לנו ישועה ישית חומות וחל

bayom hahu yushar hashir-haze beeretz yehuda ir az-lanu yeshua yashit hhomot vahhel:

Isaías 52:7
Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina! .

ז מה נאוו על ההרים רגלי מבשר משמיע שלום מבשר טוב–משמיע ישועה אמר לציון מלך אלהיך

ma-navu al-heharim ragle mevaser mashmia shalom mevaser tov mashmia yeshuah omer letziyon malakh elohayikh:

Isaías 59:17
Pois vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pós o capacete da salvação na sua cabeça, e por vestidura pôs sobre si vestes de vingança, e cobriu-se de zelo, como de um manto.

יז וילבש צדקה כשרין וכובע ישועה בראשו וילבש בגדי נקם תלבשת ויעט כמעיל קנאה

vayilbash tzedaka kashiryan vekhova yeshuah berosho vayilbash bigde nakam tilboshet vayaat kamil kina:

Isaías 60:18
Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, desolação nem destruição nos teus termos; mas aos teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas Louvor.

יח לא ישמע עוד חמס בארצך שד ושבר בגבוליך וקראת ישועה חומתיך ושעריך תהלה

 lo-yishama od hhamas beartzekh shod vashever bigvulayikh vekarat yeshuah hhomotayikh usharayikh tehila:

Isaías 49:8
Assim diz o SENHOR: No tempo aceitável te ouvi e no dia da salvação te ajudei, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, para restaurares a terra, e dar-lhes em herança as herdades assoladas;

ח כה אמר יהוה בעת רצון עניתיך וביום ישועה עזרתיך ואצרך ואתנך לברית עם להקים ארץ להנחיל נחלות שממות

ko amar ADONAI beet ratzon anitikha uvyom yeshua azartikha veetzarekha veetenkha livrit am lehakim eretz lehanhhil nehhalot shomemot:

Habacuque 3:8
Acaso é contra os rios, SENHOR, que estás irado? É contra os ribeiros a tua ira, ou contra o mar o teu furor, visto que andas montado sobre os teus cavalos, e nos teus carros de salvação?

ח הבנהרים חרה יהוה–אם בנהרים אפך אם בים עברתך  כי תרכב על סוסיך מרכבתיך ישועה

havinharim hhara ADONAI im baneharim apekha im-bayam evratekha ki tirkav al-susekha markevotekha yeshuah:

Isaías 12:3
E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação.

ג ושאבתם מים בששון ממעיני הישועה

ushavtem-mayim besason mimaayne hayeshuah:

Salmos 3:8
A salvação vem do SENHOR; sobre o teu povo seja a tua bênção.

ליהוה הישועה  על-עמך ברכתך

lADONAI hayeshuah al-amekha virkhatekha :

1 Samuel 14:45
Porém o povo disse a Saul: Morrerá Jônatas, que efetuou tão grande salvação em Israel? Nunca tal suceda; vive o SENHOR, que não lhe há de cair no chão um só cabelo da sua cabeça! pois com Deus fez isso hoje. Assim o povo livrou a Jônatas, para que não morresse.

מה ויאמר העם אל שאול היונתן ימות אשר עשה הישועה הגדולה הזאת בישראל–חלילה חי יהוה אם יפל משערת ראשו ארצה כי עם אלהים עשה היום הזה ויפדו העם את יונתן ולא מת

vayomer haam el-shaul hayonatan yamut asher asa hayeshuah hagedola hazot beyisrael hhalila hhai-ADONAI im-yipol misaarat rosho artza ki-im-elohim asa hayom haze vayifdu haam et-yonatan velo-met: s

 

A estrela de Davi é um simbolo pagão ?

 
Mais um estudo que eu encontrei em alguns sites e estou disponibilizando em meu blog porque achei bom e util. Ja abordei este tema em outra postagem então isso é só um complemento com mais informações. Espero que gostem:
Estrela de Davi
Ao contrário do que se pensa e do que é pregado por evangélicos anti-semitas e anti-Yisrael, a Estrela de David não é um símbolo pagão.No entanto irmãos, é meu dever exortar a todos os que prezam a relação com os judeus e com o judaísmo, para que também não caiam nesta falácia babilônica, cujo intuito é apenas fazer nos distanciarmos das tradições do povo Yisraelita, tornando-nos ainda mais próximos dos povos estrangeiros. Este tipo de contratempo só serve para nos colocarmos contra a cultura e a tradição judaica, deixando nossos pensamentos confusos, obscuros e duvidosos a respeito da judaicidade bíblica do Mashiach Yeshu'a (Bendito Seja).

Vamos aos fatos:

Estrela de Davi (em português brasileiro) ou Estrela de David (em português europeu) (em hebraico: מגן דוד, transl. Magen David), conhecida também como escudo supremo de Davi (David), é um símbolo em forma de estrela formada por dois triângulos sobrepostos, iguais, tendo uma ponta para cima e outro para baixo, utilizado pelo judaísmo e por seus adeptos.

De acordo com a tradição judaica, este símbolo era desenhado ou encravado sobre os escudos dos guerreiros do exército do rei Davi. Esta tradição teve origem no fato de o nome hebraico para Davi (pronunciado David) ser escrito originalmente por três letras do alfabeto hebraico - Dalet, Vav e Dalet. Estes duas letras Dalet tinham uma forma triangular no alfabeto hebraico usado até então, uma variação do alfabeto fenício, conhecido como proto-hebraico. Estas duas letras então eram encravadas nos escudos dos soldados uma sobreposta a outra, formando uma espécie de estrela.

Proto hebraico
Este símbolo apareceu primeiramente ligado aos judeus já na Era do Bronze - no século IV a.C. - num selo judaico achado na cidade de Sidon. Ele também aparece em muitas sinagogas antigas na terra de Israel datadas da época do Segundo Templo e até mesmo em algumas depois de sua destruição pelos romanos. Não lhe era dado, ao menos aparentemente, um significado tão especial ou místico, mas ornamental, assim como muitas Estrelas de Davi foram achadas ao lado de “Escudos de Salomão” (estrelas de cinco pontas ou pentagramas) e, curiosamente, ao lado de suásticas. Um exemplo é o friso da sinagoga de Cafarnaum (século II ou III da era cristã) e uma lápide (ano 300 da era cristã), encontrada no sul da Itália. Apesar disso, a Estrela de Davi não aparece entre os símbolos judaicos mais importantes do período helenístico.

O testemunho mais antigo deste emblema na literatura judaica é mostrado no livro do sábio caraíta Yehudah ben Eliahu Hadasi, que viveu no século XII, em seu livro “Eshkol Hakofer”. No capítulo 242, ele expõe costumes de pessoas do povo que aos poucos foram mudando o símbolo do Escudo de Davi de um simples selo para um tipo de signo místico ou amuleto: “e os sete anjos na Mezuzá foram escritos - Miguel e Gabriel [...] o Eterno irá guardar-te e este símbolo chamado Escudo de Davi é escrito em todos os anjos e no final da Mezuzá...”. Assim sendo, já naquela época, este símbolo tinha um caráter místico, sendo freqüentemente gravado como uma forma de amuleto, protetor.

Junto com parte dos judeus devotos, expandiu-se a alegação de que a origem do símbolo da Estrela de Davi estava diretamente ligada às flores que adornavam a Menorá - candelabro de sete braços que fazia parte dos objetos do Templo em Jerusalém – feitas numa forma de relevo de lírios de seis pétalas, que faziam uma silhueta parecida com a forma da Estrela de Davi. Entre os que crêem nesta suposta origem do famoso símbolo, há uma interpretação que a Estrela de Davi foi feita diretamente pelas mãos do próprio Elohim de Israel.


Existem intérpretes que argumentam que o lírio branco é composto por seis pétalas num estilo parecido com a Estrela de Davi. De fato, esta é a flor que é identificada com o povo de Israel no livro bíblico de Cântico dos Cânticos.
Há pensadores que viram no conceito de “Estrela de Davi” e nos dois triângulos que a compõem uma ligação ou conexão com o elemento macho (o triângulo com a ponta voltada para cima, constituindo o símbolo masculino) e com o elemento fêmea (o triângulo voltado para baixo, constituindo a forma de um receptáculo). Há os que viram neste símbolo a relação entre o elemento celestial que aspira para a terra seu poder (o triângulo com a ponta para baixo), contra o elemento terrestre que aspira para o céu sua influência (o triângulo que aponta para cima). Outros pensadores argumentaram que a Estrela de Davi constituída por seis pontas representaria o domínio celestial sobre os quatro ventos, sobre o que está em cima e sobre o que está em baixo na terra.

De acordo com a Cabala (mística judaica), a Estrela de Davi insinua a representação das sete emanações divinas (sefirot) inferiores. Cada triângulo dos seis triângulos que formam os lados da estrela representariam uma emanação e o centro dos triângulos maiores sobrepostos da Estrela de Davi representariam a emanação denominada Malchut.
Os cristãos utilizam o símbolo como sinal de respeito a Israel, sendo esse o lugar onde eles acreditam que Yeshu'a voltará.

Durante a Alemanha nazista, os judeus que estavam aprisionados em campos de concentração possuiam a "estrela dos judeus" costurada em sua camisa. Dentro da estrela de Davi, ficava escrita a palavra "Jude", que em alemão significa "Judeu". O símbolo era usado para facilitar a identificação dos Judeus.

Depois do estabelecimento do Estado de Israel, quando não foi aceita a proposta de Herzl no tocante de uma bandeira com sete estrelas e outra idéia de uma com sete Escudos de Davi, o Conselho do Estado Provisório aceitou a decisão do comitê de uma outra proposta de um símbolo e de uma bandeira, confirmados em 28 de outubro de 1948. E assim mudou a estrela de Davi de um simples símbolo judaico ornamental para o nível de símbolo supremo do recém estabelecido Estado judeu, sendo parte central da bandeira da nação, tendo por cima e por baixo dela duas faixas azul-celestes. Porém, os cidadãos árabes do novo Estado argumentaram que não se identificavam com uma bandeira que era composta unicamente por símbolos judaicos – a Estrela de Davi e uma representação, por meio das duas faixas azuis, do xale de orações judaico (chamado em hebraico de Talit).

De maneira semelhante a como são representadas organizações como a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho, usando símbolos de destaque de suas religiões, a organização israelita de ajuda humanitária e médica, denominada Escudo de Davi Vermelho (em hebraico Maguen David Adom), é representada – como o próprio nome já diz - por uma estrela de Davi vermelha como símbolo oficial. Esta organização de pronto-socorro médico, porém, não alcançou ainda um reconhecimento oficial internacional como as suas correspondentes nos países cristãos ou muçulmanos.




O mais antigo artefato judaico contendo uma Magen David de que há registro, é um selo encontrado na cidade de Sidon (Líbano), datado do século VII antes de Cristo.

A utilização ornamental de estrelas, de cinco ou de seis pontas, estendeu-se durante a Idade Média aos povos muçulmanos e cristãos e o hexagrama é encontrado em ambas as religiões. Iluminuras de manuscritos hebraicos medievais também contêm hexagramas. Ainda na era medieval, encontram-se os primeiros amuletos de proteção em que surge o hexagrama, como no Mezuzot (pergaminho-amuleto do judaísmo).

A partir do século XIII, na Espanha e na Alemanha, encontra-se manuscritos bíblicos nos quais partes da messorá (tradição oral judaica) são escritas em micrografia, em forma de hexagrama. Até o século XVI, os sábios cabalistas acreditavam que o símbolo não deveria ser desenhado com simples linhas geométricas; mas sim composto com determinados nomes sagrados e suas combinações.

Em 1354, o rei da Bohemia, Carlos IV (Karel), concedeu à comunidade judia de Praga, o privilégio de uma bandeira, que foi confeccionada num fundo vermelho e o hexagrama, centralizado, em dourado. Dessa forma, o símbolo, conhecido também como Marguen Davi (Escudo de Davi), adquiriu uma conotação religiosa e tornou-se também uma referência do estado.

A partir do século XVII, o hexagrama tornou-se emblema oficial de várias comunidades judaicas. Em meados do século XVII, em Viena, foi gravado sobre uma pedra que delimitava os bairros judeus e cristãos, juntamente com uma cruz. Quando os judeus foram expulsos desta cidade, levaram o símbolo para as outras cidades, como a Moravia e Amsterdã. No ano de 1799, foi utilizado para representar o povo judeu em uma gravura anti-semita. No decorrer dos séculos XIII e XIX, algumas instituições, como as sociedades beneficentes, usavam o símbolo em seus documentos. Em 1933, sob a decisão de Adolf  Hitler, a Estrela Judaica (como os nazistas, pejorativamente, referiam-se ao símbolo) foi utilizada nas vestimentas dos judeus para que fossem facilmente reconhecidos. Apenas em 1948, o hexagrama foi adotado pela bandeira do estado de Israel e tornou-se a maior referência do judaísmo.Vejam como todas as letras do alfabeto hebraico se encaixam na Magen David.

A estrela de Davi (chamada de Escudo de David), é um símbolo real, um selo de realeza representativo do reinado de David sobre a Terra, e por extensão do futuro Reino Messiânico sobre a Terra.Quando as nações pagãs iam à guerra, muitas vezes pintavam figuras para inspirar medo aos adversários nos escudos dos seus prórpios soldados (tais como dragões, cobras, etc.) No entanto, em Yisrael, o símbolo é o escudo de David.O nome David em hebraico é composto de três letras na segunte orderm: Dálet-Vav. Dálet. No hebraico antigo, a letra Dálet tinha a forma semelhante a um triângulo com vértice para cima.

Quando este símbolo foi gerado, não sabemos ao certo, no entanto sabemos que este símbolo é geometricamente construído em forma de estrela com as duas letras Dálet que compunham o nome David (entrelaçando-as, e girando uma das letras em 180o. para que seu vértice se colocasse para baixo). Como o tempo, este símbolo tornou-se símbolo da nação de Yisrael e do povo judeu, estando presente na própria bandeira de Yisrael.

No entanto, há um significado maior na estrela de David, que gostaria de comentar. A estrela de David é um símbolo do Messias de Yisrael, a saber, Yeshua HaMashiach (Jesus Cristo). Ele mesmo diz em Ap. 22:16, Eu, Yeshua, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às congregações. Eu sou a Raiz e a Geração de David.... O próprio Messias Yeshua, é da linhagem de David e se assentará no Trono de David no seu Reino Milenar na Terra, sendo então que o escudo de David representa por assim o futuro Reino Messiânico de Yeshua sobre a Terra.O que é mais tremendo do fato da estrela de David em sua representação do Messias Yeshua é o testemunho da sua natureza. Nas palavras do Rabbi Shaul.


"Cuidado que ninguém vos venha enredar com a filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo o Messias; 9. porquantom nEle, habita corporalmente, toda a plenitude da Divindade" Cl2,8-9


O ensino da Palavra de Elohim é clara quando diz que Yeshua, o Messias é o homem (pois nasceu nesta terra como homem, gerado no ventre de Maria pela união da semente da Palavra de Deus com Ruach Hakodesh - é evidente que Ele não vei do espermatozóide de José, nem do óvulo de Maria, mas de acordo com o relato de Lucas 1:30-38 a Palavra de Elohim foi enviado do Trono do Eterno por meio do anjo e Maria acolheu esta Palavra (Lc. 1:38), deixando que Ruach Hakodesh se unisse a esta Palavra gerando vida, a saber, Yeshua, que no hebraico quer dizer HaShem é salvação. Embora tenha sido gerado da união da Palavra com Ruach Hakodesh, Yeshua é o filho do homem pois nasceu na terra como homemm, pois entrou na terra pelo nascimento físico, nascendo de mulher).

Mas também a Palavra que ensina que o Messias é Deus. Ele é filho de Elohim, pois o filho herda a semente de seu pai, e Yeshua não veio da semente de José, mas sim da semente de HaAv (do Pai, que é Elohim), semente esta que é a prórpia Palavra de Elohim.

Além disso, a Escritura é clara ao ensinar que Yeshua é o ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS (1Tm 2.5). Ora, nós sabemos que um mediador precisa se identificar com ambas as partes mediadas para produzir a Paz entre ambas. Para ser um mediador entre Deus e os homens, Ele precisa entender às reivindicações de Deus, e ao mesmo tempo, as necessidades do homem. Ele precisa ser capaz de colocar as mãos no ombro do homem e reivindicar o que Deus pede, mas também precisa ser capaz de colocar as mãos no ombro de Deus e levar as necessidades do homem. Somente alguém que seja ao mesmo tempo Deus e homem é que pode se colocar nesta posição de trazer a Paz e reconciliação entre ambas as partes.

A pergunta que fica é: que relação tem o fato de Yehua ser ao mesmo tempo homem e Elohim com a Sua representação na estrela de David? É porque a estrela de David é composta de DOIS triângulos. Um representa Yeshua como homem (sendo que os três lados representam a tríplice divisão do homem: ele é um espírito que possui uma alma (mente natural) e que habita num corpo físico). E o outro triângulo representa Yeshua como HaShem. Os três lados deste outro triângulo fala na manifestação de Elohim nas Pessoas de HaAv, HaBen e HaRuach Hakodesh. A união dos dois triângulos falam da tarefa de Messias Yeshua de ser Mediador e Reconciliador entre Elohim e o homem.

Assim todas as vezes que os filhos de Yisrael olham para a estrela de David, estão olhando e vendo um testemunho do Eterno quanto ao prórpio Messias. Muito apreciado como emblema profiláctico, o hexagrama foi frequentemente adoptado como amuleto pelos povos cristãos e islâmicos, e não apenas no contexto popular judaico (chamado mezouzah e colocado à entrada das casas judias, como está consignado na Escritura Velha, em Deuteronómio, VI, 4-8).

Aliás, convirá sublinhar que o hexalfa, embora presente na Sinagoga de Cafarnaum (século III d. C.), só a partir do ano 1148 surgiria na literatura rabínica, especificamente no Eshkol Hakofer do sábio caraíta (qaraim ou bnei mikra, “seguidor das Escrituras”, sendo o Caraísmo uma ramificação do Judaísmo que defende unicamente a autoridade das Escrituras Hebraicas como fonte da Revelação Divina) Judah Ben Elijah, onde capítulo 242 expõe os costumes de pessoas do povo que aos poucos mudaram o símbolo do escudo de David de simples selo para um tipo de signo ou amuleto místico: “E os nomes dos Sete Anjos foram escritos na mezouzah… O Eterno irá guardar-te e este símbolo chamado escudo de David contém escrito no final da mezouzah os nomes de todos os Anjos”. Sendo assim, já no século XII este emblema possuía carácter místico e profiláctico, sendo frequentemente gravado como forma de amuleto protector.

O hexalfa tornar-se-á, durante o século XIII, atributo de um dos sete nomes mágicos do Metraton, o Anjo da Face associado à figura do Arcanjo Mikael ou São Miguel como o Chefe das Milícias Celestiais e o mais próximo de Deus Pai. Daí a sua associação ao Nome Divino Schaddai, chegando, posteriormente, a ser confundido com a Menorah (o candelabro de sete braço ou tramos flamejantes indicativos dos Sete Espíritos Diante do Trono: Mikael, Gabriel, Samael, Rafael, Sakiel, Anael, Kassiel), assumindo uma função redentora destacada na sinagoga e sendo apelidado Selo do Deus de Israel. Por isto o hexalfa figura na bandeira desse país.


Sinagoga de Cafarnaum (Século III d.C.)

 


PROVAS ARQUEOLÓGICAS DA UTILIZAÇÃO DA ESTRELA DE DAVID PELOS CRISTÃOS E JUDEUS MESSIÂNICOS PRIMITIVOS NO SÉCULO I,II,III E IV D.C

O Selo Messiânico da Igreja de Jerusalém
Ressuscitado depois de quase dois mil anos de silêncio, de uma gruta adjacente à antiga Igreja Cristã do primeiro Século no Monte Sião! Descrito e desenhado em artefatos cerimoniais provavelmente mais utilizada pelo Pastor Tiago, o Justo, irmão de Yeshua e um dos Doze Apóstolos!

O símbolo é composto por três partes: Menorah, estrela de David e Peixe, mais uma vez proclama ao mundo a penetrante judaicidade de Yeshua HaMashiach e decididamente a fundação e raízes judaicas da Igreja fundada em seu nome.O Selo Messiânico da Igreja de Jerusalém destrói as raízes do anti-semitismo enquanto proclama a urgente mensagem que quebra barreiras e restaura a unidade: judeu com judeu, e judeus com gentios.

A redescoberta da sinagoga judaico-cristã do primeiro século no Monte Sião tem sido a experiência mais emocionante e desafiadora da vida dos pesquisadores no ramo; emocionante, porque o Selo Messiânico da Igreja de Jerusalém, reapareceu depois de quase dois mil anos de sepultamento, trazendo consigo implicações que, acreditamos, pode literalmente mudar o mundo; desafiador, porque têm, em suas pesquisas separadas, "desenterrado" uma quantidade enorme de informações, algumas inteiramente históricos, algumas mais biblicamente orientadas.
Esta "Igreja Mãe" inteiramente judia foi a gênese de toda a cristandade subseqüente eclesiástica, até os dias atuais.
Apesar de ter sido esculpido e pintado pelas mãos dos crentes primitivos, talvez até por um ou mais dos doze apóstolos, acredita-se que o Selo Messiânico proclama várias mensagens monumentalmente importantes, todos eles tão aplicáveis hoje como eram quando eles foram primeiramente descritos.

É de profunda esperança e expectativa de que essas mensagens do Selo Messiânico da Igreja de Jerusalém vá atacar as próprias raízes e as fundações das várias barreiras artificiais que têm, ao longo dos séculos, separado judeu de judeu e judeu de Gentio, gerando os horrores do anti-semitismo.

Que haja também evolução a partir de tudo isso, um novo senso de unidade como a igreja retorna ao Monte Sião, e juntos, judeus e gentios crentes podem finalmente encontrar as raízes judaicas comuns de sua fé.


DIFERENÇAS ENTRE O HEXAGRAMA E A ESTRELA DE DAVID !!

O HEXAGRAMA SÃO DOIS TRIÂNGULOS, UM DENTRO DO OUTRO VEJA:

JÁ A MAGEN DAVID, SÃO DOIS TRIÂNGULOS SOBREPOSTOS !!
PERCEBEM A DIFERENÇA ?

O fato de outras culturas e povos terem se utilizado deste símbolo, não significa que devemos desqualifica-lo, do contrário, teríamos que desqualificar toda a língua hebraica, já que a mesma é utilizada por magistas para realizar evocação e ocultismo.Uma coisa não anula a outra, o fato de terem tomado para si a Magen David em outras culturas, não a desqualifica, não tira o seu significado e nem mesmo a sua característica na tradição judaica. Os evangélicos cada dia que passa criam novas teorias para colocar os outros cristãos em contramão com a judaicidade bíblica.

VAMOS TOMAR CUIDADO COM OS ANTI-SEMITAS, ELES QUEREM NOS COLOCAR CONTRA A TRADIÇÃO JUDAICA, FIRMANDO ASSIM A PERDA DA IDENTIDADE QUE TEMOS DO NOSSO MASHIACH COMO UM JUDEU AUTENTICO.